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quinta-feira, 6 de maio de 2010

MAMÃE


Mamãe era idealista, patriota, carinhosa, solidária, forte, mas não sabíamos o quanto, até ela cair doente
.Não era possível acreditar! Minha mãe querida estava alí naquela cama,cheia de fé, de esperança, realizada por estarmos ao lado dela, lutando com ela e por ela. A doença em pouco tempo alastrou-se, o câncer generalizado a consumia, perdeu peso, ficou pequenina e continuava gigante. Em nossas conversas, nos deixava grandes exemplos, grandes conselhos e muita coragem. Como conseguiríamos nos desprender dela, deixá-la partir, viver sem ela?
Num instante de desespero , o amor falou mais alto, deixamos o egoismo de lado e pedimos a Deus que a levasse para que não sofresse mais.E Ele em sua infinita bondade,nos deu força, coragem, fé, sabedoria e nos atendeu. Ela se foi, sem sofrimento, rodeada por aqueles que tanto amava. Seus desejos foram atendidos, queria morrer segurando a mão do neto mais novo e ele estava ali. Queria que seus dois netos levassem seu caixão e eles o fizeram.
Na linda poesia que me dedicou, finalizava com um pedido: que eu fechasse seus olhos no momento derradeiro! E eu, mamãe, não a atendi
E quando partiu minhas responsabilidades para comigo, com a vida, com as pessoas começaram a ser vistas da forma que você me ensinou a enxergar.
Aí entendi por que não fechei seus olhos. Não poderia fechar os olhos de quem abriu os meus! Para a vida!!

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda a sua cronica!
Impossivel não lembrar, nesse dia, das mães que se foram...que estão no plano superior...impossivel não lembrar da nossa mãe!
As vezes, tenho a impressão, que a nossa obrigação seria evitar que ela sofresse...em retribuição aos momentos em que tentava amenizar, e o fazia com tanta propriedde, os nossos percalços na vida. Conselhos, força, palavras que nos faziam vislumbrar aquela famosa luz no final do tunel.
Impossivel esquecer das inumeras vezes em que dormi, segurando a sua mão. Aquela menininha tão cheia de medos, transformava-se num monumento de coragem, ao apertar aquela mão.
Que falta ela nos faz!
Sua lembrança vai nos acompanhar até o fim de nossas vidas.
A certeza de que Deus a levou porque era a Sua vontade de integrá-la às almas generosas e exemplares, ameniza a nossa dor...
a saudade, não...essa vai existir enquanto nós exisirmos!
Feliz Dia das Mães, mãe muito amada!

Unknown disse...

Ah as palavras... vc as usa com muita propridade, lindo texto!