Fim de tarde!
Hora do meu chá e das minhas lembranças.
Sento-me, olhando meu fogão a lenha, já sem uso, e que tantos serviços me prestou.
Época de colheita, quanta comida fiz neste fogão para os camaradas. Quantas mamadeiras preparei para meus cinco filhos. Quanta água esquentei para o banho do marido que chegava cansado da lida no cafezal. E o bolo com café que preparava com alegria para oferecer aos meus pais quando me visitavam. Só assim podia vê-los, com tantos filhos, terra para cuidar e todos cuidados da casa, era impossível sair.
Meus pais se foram, o marido que já não se importava mais com a vida ou família, se foi levado pelo vício da bebida. Os filhos cresceram, casaram e foram viver na capital.
Nasceram os netos, um deles se tornou doutor, mas nem o conheço. Meu filho mais apegado, o que vinha mais me ver, aquele que Deus me deu e teve o direito de tirar de mim, ficou na minha saudade maior...
Os dias passam e minha tristeza fica mais triste, minha saudade mais doida.
De repente ouço um barulho, corro até a janela e vejo que minha grande amiga sabendo do meu sofrimento, veio me fazer companhia.
Encosto meu rosto na janela, as lágrimas correm pelo meu rosto e minha companheira chuva deixa as suas lágrimas rolarem pela vidraça. A saudade dói no meu peito e a chuva cúmplice da minha solidão chora comigo tudo que perdi pelo tempo da vida.
Hora do meu chá e das minhas lembranças.
Sento-me, olhando meu fogão a lenha, já sem uso, e que tantos serviços me prestou.
Época de colheita, quanta comida fiz neste fogão para os camaradas. Quantas mamadeiras preparei para meus cinco filhos. Quanta água esquentei para o banho do marido que chegava cansado da lida no cafezal. E o bolo com café que preparava com alegria para oferecer aos meus pais quando me visitavam. Só assim podia vê-los, com tantos filhos, terra para cuidar e todos cuidados da casa, era impossível sair.
Meus pais se foram, o marido que já não se importava mais com a vida ou família, se foi levado pelo vício da bebida. Os filhos cresceram, casaram e foram viver na capital.
Nasceram os netos, um deles se tornou doutor, mas nem o conheço. Meu filho mais apegado, o que vinha mais me ver, aquele que Deus me deu e teve o direito de tirar de mim, ficou na minha saudade maior...
Os dias passam e minha tristeza fica mais triste, minha saudade mais doida.
De repente ouço um barulho, corro até a janela e vejo que minha grande amiga sabendo do meu sofrimento, veio me fazer companhia.
Encosto meu rosto na janela, as lágrimas correm pelo meu rosto e minha companheira chuva deixa as suas lágrimas rolarem pela vidraça. A saudade dói no meu peito e a chuva cúmplice da minha solidão chora comigo tudo que perdi pelo tempo da vida.
6 comentários:
Lindo esse texto! Emociona pela simplicidade , pela dor, pela saudade, pela vida vivida em função do outro...pela consciência de que tudo está nas mãos e na vontade de Deus!
Vc usou toda sua sensibilidade e toda força do seu coração e da sua alma!
Adorei!
Sim, foi uma entrega mesmo. Vc como grande escritora sabe como é essa sensibilidade. Bjs
Puxa, estou me sentindo uma mesmo...Gosto muito de escrever, tenho um prazer imenso em colocar no papel, tudo que me vem do coração. Mas, daí a ser chamada de escritora...e de grande ainda...Só vc mesmo...uma irmãzinha+.
Liiindo! Me emocionei quando li!
Essa é intenção do escritor, isso me envaidece, linda !
texto divino....vc consegue transmitir os sentimentos tanto da saudade, da mágoa e do amor, lindamente...Alice
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