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quinta-feira, 31 de maio de 2012

O OUTRO LADO

Estou aqui sentado em frente a tv, rodeado pela família, mas meu pensamento está nela. Sei que está me esperando e sei também que gostaria de atendê-la. Quantas vezes já olhei para o telefone e disse: “Espera! Já vou!”Ah! Se ela pudesse me ouvir!
Será que ela consegue entender como é difícil para mim ter que driblar o tempo, espaço e pessoas para ficar um instante com ela?
Tenho vontade tenho de sentir sua mão tocar em mim e seu olhar malicioso me dizer que tem sede de mim.. Ela me encanta com seu modo de dizer que me deseja e o bem que lhe faço para o coração e para o corpo.
O que ela sente por mim eu sinto por ela, só que enquanto ela me espera, eu tenho que driblar, contornar e ajeitar a espera! Não quero ferir ninguém, nem a mim, então tenho que deixar meu coração se aquietar e deixar a razão me levar.
Sei que ela me deseja e sofre com minha ausência, eu não conto que também sofro, porque preciso animá-la, deixá-la com a esperança que logo estaremos juntos, que nos compensaremos com o carinho, o desejo que guardamos . Que colocaremos diante de nós todo o calor que nossa imaginação criou para o nosso momento. Aquele momento que cabe a mim determinar e eu preciso somar , dividir , subtrair tudo a minha volta para poder determinar.
Mas, sei que ela me espera, que confia em mim , que acredita que estaremos juntos por um dia, por uma tarde, por uma hora que seja, não importa quanto tempo. Apenas importa que seremos apenas eu e ela, dois apaixonados entregando-se a paixão.
Muitos me acham covardc, não assumo o que quero. Mas, como decepcionar essa família que criei e amo? Como decepcionar alguém que me ama ao ponto de se doar assim?
Todos falam como é difícil ser a outra, mas nunca ninguém pensou em avaliar o quanto é difícil ser aqule que fez dessa mulher corajosa: a outra!

4 comentários:

Ana Maria disse...

Vc realmente abordou com grande maestria o outro lado de uma históra que torna-se tão complicada por envolver duas pessoas apaixonadas impedidas de estarem juntas pelo destino, pela opção da escolha, pelas armadilhas da vida. A coragem de assumir, de jogar para o alto a vida dupla, muitas vezes não existe.
Aí é que começam a fazer parte dessa história, a solidão, a melacolia e o "não sei o que" fazer da vida!

M. Terezinha Machado disse...

Agradeço o " grande maestria", mas imagino que deve ser difícil para ambas as partes.

Debora Pradella disse...

Maria, eu adorei esse texto! *..*

M. Terezinha Machado disse...

Obrigada, Debora, seu comentário é importante para mim. Bjs